sábado, 25 de maio de 2019

Resenha: Symfonia - In Paradisum

Uma super banda reunindo grandes nomes do power metal mundial (o chamado metal melódico). Encabeçado pelo guitarrista finlandês Timo Tolkki (Timo Tolkki's Avalon, ex Stratovarius, Revolution Renaissance), junto com o cantor brasileiro Andre Matos (Solo, Shaman, ex Viper e Angra), completam o time ainda Uli Kusch (ex Helloween e Masterplan) na bateria, Jari Kainulainen (Masterplan, ex Stratovarius) no baixo e Mikko Härkin (ex Sonata Arctica) no teclado.
As músicas remetem muito aos tempos áureos do Stratovarius, devido serem todas de autoria de Tolkki em parceria com o Andre.
O trabalho abre de forma matadora com Fields of Avalon, já lembrando o Stratovarius da segunda metade da década de 90. Mantendo a pegada metal melódico vem Come by the Hills, também escrita pela dupla Tolkki/ Matos, já lembrando o Stratovarius da fase Elements. Santiago já não tem tanto a cara da banda que consagrou o guitarrista, apresentando mais as características das composições do Andre, mesmo sendo de autoria de ambos. Uma das melhores faixas do disco. Alayna uma balada bem característica do Tolkki, com violão e que vai evoluindo ao longo da música, soa bastante agradável na voz do Andre. Forevermore novamente o destaque fica por conta do Andre Matos e se mostra uma faixa mais heavy metal. Seguindo com Pilgrim Road outro grande momento do disco, onde não aparece aquela fritação de teclado característica do gênero. In Paradisum volta a mostrar a cara de composições do Tolkki, lembrando a fase Destiny, a mais épica e progressiva do disco, com destaque para o coral de vozes no refrão. Rhapsody in Black mais um power metal característico do mestre Tolkki. I Walk in Neon mostra-se outra grande composição power melódica carregada de fritação de teclado, e um grande solo de guitarra, tudo que o fã do estilo gosta. Fechando o trabalho temos Don't Let me Go, outra balada também conduzida por violão e voz, mostrando-se calma o tempo todo. Um ótimo trabalho, de uma grande banda com músicos que dispensam comentários, mas que infelizmente ficou apenas nesse trabalho. Devido a baixa procura por shows durante a turnê, o que é uma pena, pois a banda tinha tudo para ser um grande nome do power metal.


9,0

Rhapsody (of Fire) - Legendary Tales - Resenha

Legendary Tales, álbum de estreia da clássica banda italiana Rhapsody (na época a banda ainda atendia por esse nome) apresenta todo aquele clima épico e sinfônico, marca registrada da banda.
O Disco marca o inicio da saga Emerald Sword, que teria continuidade nos trabalhos seguintes. Abrindo o disco o épico prelúdio Ira Tenax da espaço para o power sinfônico seguinte Warrior of Ice, mostrando todo o brilho do então jovem cantor Fabio Lione. Rage of the Winter inicia em um clima cinematográfico e se mostra outro hino do power sinfônico, alternando momentos mais acelerados com outros mais calmos. Forest of Unicorns, uma balada folk/ celta com todo clima medieval, bastante agradável. Flames of Revenge um power metal característico da banda com grande variações de vozes e orquestrações. Virgin Skies (interlúdio) instrumental desnecessária, porém que não compromete o trabalho. Land of Immortals, tornou-se clássica e presente nos shows, com uma pegada mais heavy metal, com belas frases de guitarra de Luca Turilli, além do baixo, aqui executado pelo produtor Sascha Paeth. Echoes of Tragedy uma balada sinfônica, cheia de climas operísticos e uma áurea clássica, com corais e piano. Lord of the Thunder volta a pegada power sinfônico da banda, bem acelerada e com fritação de teclados como os fãs de power metal gostam. Fechando o disco temos a épica Legendary Tales com clima medieval no inicio, lembrando soundtrack de filmes no estilo, a faixa evolui para um power metal épico cheio de variações harmônicas.
Vale destacar também nesse trabalho os arranjos e orquestrações de responsabilidade do tecladista Alex Staropoli, compositor ao lado do guitarrista Luca Turilli. Além da produção cristalina conduzida pela dupla Sascha Paeth e Miro, que viriam a produzir os próximos trabalhos da banda. Completava a banda, o baterista Daniele Carboneri.

8,5