sexta-feira, 22 de abril de 2022

Aqua do Angra remixado e remasterizado

 Nessa sexta-feira o Angra disponibilizou em suas plataformas de streaming o álbum Aqua, lançado originalmente em 2010. O disco foi remixado e remasterizado pelo renomado produtor Adair Daufembach. A produção é a cargo da própria banda, que pela primeira vez não trabalhou com nenhum produtor, com mixagem original do também renomado produtor Brendan Duffey e Adriano Daga no Norcal Studios em São Paulo.

A banda então era formada pelos guitarristas Kiko Loureiro (hoje no Megadeth) e Rafael Bittencourt, o vocalista Edu Falaschi (solo), o baixista Felipe Andreoli e o baterista Ricardo Confessori (Shaman). O álbum teve distribuição nacional pela Voice Music. Vamos agora torcer para que ganhe formato físico essa nova mixagem.

terça-feira, 19 de abril de 2022

Resenha: Edguy - Rocket Ride (2006)

Há algum tempo a banda alemã Edguy virou uma incógnita não só para os fãs, mas para os músicos que fazem parte da banda. O último lançamento da banda foi a coletânea Monuments de 2017, celebrando os 25 anos de banda e o último álbum de estúdio da banda foi o Space Police (Defenders of the Crown) lançado em 2014, seguido pela última turnê da banda.


Enquanto a banda não se manifesta, vamos ficar com um dos trabalho mais excêntrico da banda, o Rocket Ride lançado oficialmente em 2006. Disco em que a banda tentou trilhar novos caminhos, afastando os fãs do seu Power Metal e atraindo um novo público, devido a sua direção mais Hard Rock e A.O.R. (Adult Oriented Rock), porém mantendo a essência alto astral das músicas da banda.

O disco abre com a épica de 8 minutos Sacrifice, remetendo a discos anteriores da banda, com levadas cadenciadas, muita energia e excelentes solos de guitarra. Depois a faixa-título vem com essa proposta mais Hardona da banda, bem pegajosa e com um refrão marcante. Wasted Time é um power que mantem o ótimo nível, com belos arranjos. A modernosa Matrix, com uma boa levada e um refrão no melhor estilo Bon Jovi atual não compromete. Return of the Tribe é aquela típica faixa rápida com pedal duplo na bateria, guitarra acelerada, várias linhas melódicas e vocais altíssimos. The Asylum é uma faixa matadora.

A balada Save Me no melhor estilo Poison, com certeza teria feito muito sucesso nos anos 80, uma balada maravilhosa. Catch of the Century vem na sequencia trazendo aquele bom humor presente em outros álbuns da banda, com um refrão pop e grudento fruto do mestre Tobias Sammet, impossível não sair cantarolando o refrão. Out of Vogue não deixa a peteca cair, para na sequencia vir a já conhecida e divertida Superheroes, faixa-título do Ep lançado no ano anterior, com uma pegada Hard Rock e que ganhou um ótimo vídeo clip. Trinidad fecha o set list regular do disco, outra música com uma pegada mais Hard Rock.

Destaque ainda para as duas faixas bônus a Fucking with Fire (The Hairforce One), como sugere o título, a música tem aquela pegada hair metal dos anos 80, bem animada. E a faixa ao vivo Land of the Miracle (Live in Brazil), clássico da banda do disco Theater of Salvation de 1999, aqui em uma versão gravada na apresentação da banda em São Paulo, durante a turnê do Hellfire Club em 2004.

Rocket Ride é sem dúvidas um disco do Edguy que merece uma nova chance por parte de quem não gostou na época, pois independente de gênero traz músicas de qualidade, feitas por quem sabe como fazer como entreter o público, com ótimas melodias, refrãos e humor. Ouça sem medo! 



domingo, 27 de fevereiro de 2022

Resenha: Pearl Jam - Lightning bolt

Lightning Bolt, o 10° álbum de estúdio do Pearl Jam, sucessor de Backspacer (2009), traz uma banda que reverbera a experiência de na época quase 25 anos de carreira e a urgência de lidar com o amadurecimento. A banda trabalhou no disco entre os anos de 2011 e 2013, em meio a projetos de Eddie Vedder, Stone Gossard e o retorno do Soundgarden banda do baterista Matt Cameron.


Nesse atual Pearl Jam, pouco sobrou da agressividade e angústia de Ten (1991). Tem apenas uma pequena pegada punk mais comercial em 2 ou três canções. Tratando-se basicamente de um disco de rock 'easy listening'. A voz de Eddie Vedder continua potente, com suas características, contida em alguns momentos, em outros mais estridente e contagiante, como na faixa título ou na abertura com Getaway, em que aborda a fé livre, um primor de composição. Mostrando que esses anos juntos não foram em vão, pois temos uma banda bem afiada.

A calmaria recai nas baladas de letras intimistas, musicalmente leves e singelas, como a Sirens, tudo nela se encaixa perfeitamente bem em uma canção muito bonita, uma das melhores da banda, Já a faixa título Lightning Bolt alterna em momentos mais calmos, com outros de agitação, com destaque para  as guitarras de Stone Gossard e Mike McCready.

Já Infallible peca com o seu início estranho, porém quando vira uma balada funciona bem, com tudo o que tem direito. A música Pendulum fala sobre a vida com uma melodia bem interessante. Outra balada que merece destaque é a Swallowed Whole, com um clima californiano, uma verdadeira ode as origens de Vedder. Let the Records Play surpreende com uma pegada funky, algo bem inusitado na carreira da banda.

A produção gráfica de Lightning Bolt, com um digibook de 40 páginas com todas as letras e uma arte para cada canção, é para deixar qualquer fã da banda maluco, item obrigatório em qualquer coleção, mantendo o Pearl Jam ainda relevante para o rock e para a música.


Resenha: Hellish War - Keep it Hellish


 Esse é o terceiro álbum de estúdio da banda de heavy metal tradicional da cidade de Campinas - SP, Hellish War, lançado em 2013, marca a estreia do vocalista Bill Martins (Dark Witch), que substituiu Roger Hammer.

O peso e a pegada instrumental continua sendo aquele metal a lá Running Wild e  Saxon, presentes nos trabalhos anteriores Defenders of Metal (2001) e Heroes of Tomorrow (2008). As linhas vocais atingem um outro patamar para narrar diversos temas épicos com mensagens positivas e atemporais. A voz de Bill é potente, com um agradável timbre que agrega solidez ao metal em constante evolução praticado pela banda.

E superação é substantivo que pauta Keep it Hellish, gravado no Picolli Studio, em Campinas e mixado e masterizado na Itália, Da produção e a qualidade individual de cada uma das 10 faixas do álbum, tudo soa superior, resultado de um esforço acumulado ao longo dos anos de banda, além de uma importante experiência em turnê na Europa em 2009, que resultou no ao vivo Live in Germany (2010), gravado na Alemanha. A banda fez outro giro no velho continente em 2013, já com Bill nos vocais e Keep it Hellish lançado.

As canções Keep it Hellish (que ganhou um clip), rápida e energética com refrão característico do estilo, e Darkness Ride, uma aula de bom gosto com riffs e batidas contagiantes, são as imperdíveis do registro. Vale menção também The Challenge, outra faixa que ganhou um vídeo clip. Um excelente disco para coroar a nova fase da banda, que já lançou outro grande disco, papo para um próxima resenha. KEEP IT HELLISH!!!