domingo, 27 de fevereiro de 2022

Resenha: Pearl Jam - Lightning bolt

Lightning Bolt, o 10° álbum de estúdio do Pearl Jam, sucessor de Backspacer (2009), traz uma banda que reverbera a experiência de na época quase 25 anos de carreira e a urgência de lidar com o amadurecimento. A banda trabalhou no disco entre os anos de 2011 e 2013, em meio a projetos de Eddie Vedder, Stone Gossard e o retorno do Soundgarden banda do baterista Matt Cameron.


Nesse atual Pearl Jam, pouco sobrou da agressividade e angústia de Ten (1991). Tem apenas uma pequena pegada punk mais comercial em 2 ou três canções. Tratando-se basicamente de um disco de rock 'easy listening'. A voz de Eddie Vedder continua potente, com suas características, contida em alguns momentos, em outros mais estridente e contagiante, como na faixa título ou na abertura com Getaway, em que aborda a fé livre, um primor de composição. Mostrando que esses anos juntos não foram em vão, pois temos uma banda bem afiada.

A calmaria recai nas baladas de letras intimistas, musicalmente leves e singelas, como a Sirens, tudo nela se encaixa perfeitamente bem em uma canção muito bonita, uma das melhores da banda, Já a faixa título Lightning Bolt alterna em momentos mais calmos, com outros de agitação, com destaque para  as guitarras de Stone Gossard e Mike McCready.

Já Infallible peca com o seu início estranho, porém quando vira uma balada funciona bem, com tudo o que tem direito. A música Pendulum fala sobre a vida com uma melodia bem interessante. Outra balada que merece destaque é a Swallowed Whole, com um clima californiano, uma verdadeira ode as origens de Vedder. Let the Records Play surpreende com uma pegada funky, algo bem inusitado na carreira da banda.

A produção gráfica de Lightning Bolt, com um digibook de 40 páginas com todas as letras e uma arte para cada canção, é para deixar qualquer fã da banda maluco, item obrigatório em qualquer coleção, mantendo o Pearl Jam ainda relevante para o rock e para a música.


Nenhum comentário:

Postar um comentário