Lançado em 2018, Firepower marca a estreia do guitarrista
Richie Falkner em estúdio, marca também a volta da banda àquele heavy metal
clássico que marcou a carreira da banda durante os anos 80. A faixa título é
matadora, um heavy metal para bater cabeça, com um belo solo de guitarra. Lightning
Strike vem na sequência, mantendo a pegada nervosa do heavy metal do Judas,
com Rob Halford em grande fase, outra porrada. O riff de entrada de Evil
Never Dies já mostra que vem mais porrada pela frente, essa um pouco mais
cadenciada e com uma pegada bem oitentista, trazendo solos de guitarras bem
técnicos. A Never the Heroes dá uma desacelerada, uma semi balada bem
pesada conduzida pela bateria. Em Necromancer volta a porrada heavy
metal, essa poderia muito bem ter feito parte do clássico álbum Painkiller de
1990. Children of the Sun, tem um riff de guitarra bem sabático e traz
uma pegada mais setentista. Guardians uma faixa instrumental com piano e
guitarra, abre alas para Rising from Ruins, com belos fraseados de
guitarra no inicio e belos solos da dupla de guitarristas. Flame Thrower
já lembra um pouco os tempos de Screaming for Vengeance de 1982 é outra faixa
que agradará bastante os fãs das antigas da banda. Spectre é outra
porrada heavy tradicional, com referências dos anos 80, uma das mais legais
desse novo trabalho da banda. Traitors Gate, mantém a pegada heavy
tradicional da banda. A curta e direta No Surrender é um hard/ heavy de
muito bom gosto. Outro grande momento do álbum é Lone Wolf, com riffs
pesados, com alguns momentos lembrando os trabalhos de Ozzy no início dos anos
90, mas sem perder a essência do Judas Priest, uma grande canção. Sea of Red
fecha o disco, de forma bem relax com outra balada com pegada oitentista, um
gran finale, com um belo solo de guitarra.
Pelo visto a entrada de Richie Falkner deu mesmo um novo gás
para a banda, que nesse Firepower mostrou seu melhor heavy metal desde a volta
do frontman Rob Halford. Glenn Tipton e Ian Hill também fizeram um ótimo
trabalho, principalmente Glenn mostrando – se bem entrosado com seu novo
parceiro nas seis cordas, bem como o baterista Scott Travis.
Certamente o disco agradará os fãs mais conservadores da
banda, pois aqui tem tudo que eles gostam como riffs pesados, solos eletrizantes,
vocais característicos de Rob Halford e o verdadeiro heavy metal que fez a
banda mundialmente conhecida.
Nota 10,0
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