terça-feira, 20 de outubro de 2020

Resenha: Almah - E.V.O.

 


E.V.O. quinto e último álbum do Edu Falaschi com o seu projeto Almah (quarto ser considerarmos o Almah de 2006, como um álbum solo do vocalista), é o trabalho mais maduro, com uma sonoridade muito próxima de seu antecessor Unfold (2013), mostrando ser uma evolução natural da banda.
Lançado em setembro de 2016, o disco traz o vocalista cantando notas mais altas e agudas como no seus tempos auges de Angra e cheio de drives. Ao lado do vocalista temos seu parceiro Marcelo Barbosa apresentando solos técnicos e com melodias na medida certa, dessa vez seu parceiro nas seis cordas é o Diego Mafra (Dynahead), que acrescenta mais peso ao som da banda, substituindo muito bem o saudoso Paulo Schroeber. A cozinha aqui é composta pelo talentoso Raphael Dafras, com a banda desde o álbum anterior e o estreante Pedro Tinello que é bem técnico, os dois músicos se mostram bastante entrosados.
A abertura do disco fica a cargo do primeiro single Age of Aquarius, começando de forma lenta, mas logo ganha andamentos rápidos, como solos melodiosos do Barbosa e muita técnica na bateria. Os vocais do Edu aqui já remete aos tempos do Angra. A segunda faixa é o outro single do disco Speranza, uma power ballad muito agradável, que ganhou um vídeo clip. A música traz corais de crianças com melodias que dá um certo apelo comercial, ótima canção.
The Brotherhood é outra balada de muito bom gosto do Edu, que aliás nesse quesito ele manda sempre bem. Outros destaques ficam para Innocence um rock moderno e pesando, com destaque para as guitarras de Barbosa e Mafra. Higher uma das melhores do disco, um hard/ heavy cativante, trazendo mais uma vez o Edu cantando de forma formidável como em outros tempos. E a pesada Final Warning com uso de teclados, mas que não compromete em nada o resultado final.
Enfim  temos aqui um excelente trabalho da banda, que infelizmente devido a pouco procura por shows Edu resolveu não dar continuidade, encerrando a banda e começando sua carreira solo, voltada para clássicos da sua fase no Angra. Um disco sem groove e com muito mais melodias, como os fãs do vocalista gostam.



Nota 9,0


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