sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Resenha: Vikram - Behind the Mask I

 


A banda carioca Vikram, iniciou seu trabalho de produção há 7 anos. A banda traz uma proposta até então inédita em território nacional, que é fazer um power metal progressivo e com elementos de música oriental. Contando com músicos talentosos como o vocalista Guilherme de Siervi, o guitarrista Thiago Della Vega (ex Burning in Hell), Marcus Dotta (ex Hatematter e Warrel Dane) na bateria, G. Morazza no baixo e Tiago Zunino no teclado. O disco intitulado Behind the Mask I foi lançado em 2019 pela Rockshots Records e no Brasil saiu via Shinigami Records.
Segundo informações no site da banda: " O projeto criado pela banda Vikram levou 7 anos para ser concluído "Behind The Mask I" une diferentes tipos de artes como literatura, música, jogos, dança, belas artes e cinema. "
O álbum abre com Taar, uma introdução com clima árabe que nos remete ao Egito, Marrocos, para entrar em The Mortal Dance of Kali, uma faixa pesada e técnica, uma das melhores faixas do álbum, as partes orientais se fundem perfeitamente com o peso. Réquiem for Salem é épica e mantém o peso, destaque para a bateria muito bem encorpada.
Burn in hell é mais progressiva com agressividade nos riffs de guitarra. Na sequência Andaluzia, que começa de forma acústica, mas logo ganha peso, com destaque para as linhas de baixo e um refrão grudento. Hassan Tower remete à Myrath (banda da Tunísia que faz um prog metal com música oriental), aqui os elementos orientais aparecem com força, misturando-se com o peso e a técnica.
A próxima faixa Forsaken Death apresenta riffs cortantes, é bem progressiva e dark, mais uma vez o refrão vai grudar na cabeça, com ótimas melodias. Eyes of Rá conta com a participação da ótima cantora argentina Inês Vera Ortiz, uma canção pesada e climática ao mesmo tempo, com im clima egípcio. A cozinha pesada em Gyspsy Tragedy é o destaque, com riffs inspiradíssimos. The Red Masquerade bem pesada, progressiva e técnica, com destaque para o guitarrista Thiago Della Vega  e toda sua técnica, que faz dele um dos guitarristas mais rápido do mundo. A The Burden mantém o peso do álbum de forma magnífica. Em Shokran temos uma porrada na orelha, conduzida pelas linhas de baixo e guitarras velozes e uma bateria com peso, resultado de uma banda bem entrosada.


O trabalho vai chegando ao fim, quando temos Prelude to the End, inicia com teclados, sonoridades de trovão dando um clima sombrio para a voz de Guilherme que entra de forma sussurrada, uma faixa bastante cadenciada, carregada de peso e melodia. Finalizando temos a faixa título Behind the Mask, com um dos melhores refrãos do disco, as linhas vocais são cativantes, e para não deixar a peteca cair temos peso e melodias unidos de forma magistral, sem dúvidas a melhor faixa do disco.
Vale ressaltar que a faixa título saiu como bônus na edição japonesa, trazendo a participação da cantora Saeko Kitame e a letra em japonês. Ótima estreia de uma banda promissora no metal nacional.

Nota 9,0

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