domingo, 31 de janeiro de 2021

Hellway Train - Lockdown Reborn

                Hellway Train retoma as atividades e lança novo ep 6 anos após Breaking the Cage (2014). A banda mineira foi formada no ano de 2010 na cidade de Belo Horizonte por, Marc Hellway (vocais) e Vinicius Thram (guitarra) com a proposta de fazer um som com forte influência do hard rock e do heavy metal da década de 1980.



                Em 2020 a banda apresentou uma nova formação, além de um novo ep, intitulado Lockdown Reborn. Gravado, mixado, masterizado e produzido por André Cabelo (Chakal) no tradicional Estúdio Engenho em BH, com a participação de músicos da cena mineira. As composições foram criadas durante esse período de isolamento social, devido a pandemia do novo-corona vírus.

                Ao contrário do trabalho de estreia da banda “Breaking the Cage” que tem uma sonoridade mais hard rock, Lockdown Reborn apresenta uma sonoridade mais pesada, um heavy tradicional, flertando em alguns momentos com o thrash metal, mas sem perder a sonoridade oitentista. Abrindo temos Off the Rails/ Bombermen já vem com forte influência dos heavy metal dos anos 80, principalmente do Judas Priest. A letra tem um tema inspirada na série de filmes Hellraiser, além de trar referencias do popular jogo dos anos 80 “bomberman”. Metal Widow foi o primeiro single apresentado traz um heavy metal que passeia entre Judas e Accept, com fortes coros, a letra exalta a cena atual do underground, além de fazer uma critica a esses headbangers que vivem do passado, vale ressaltar a participação do Casito da clássica banda mineira Witchhammer. Pride is a Riot tem uma pegada mais hard rock com um refrão para cantar junto. Catastrophobiac um heavy com riff de muito bom gosto, palhetadas abafadas dando um ar de thrash/ heavy e um vocal que o tempo todo nos remete ao Judas Priest, a música aborta o tema sobre como o psicológico das pessoas estão abalados nesse período.

                A banda já anunciou para o próximo dia 05 de fevereiro o lançamento do single Desordem/ Retrocesso cantada em português e que estará presente apenas na versão física. Com exceção dessa faixa, todas as demais já podem serem conferidas nas plataformas de streaming.

                Além de Marc Hellway nos vocais, Vinicius Thram e João Brumano nas guitarras e Chris Maia no baixo, a banda contou com a contribuição de Jon Alberth na bateria e Daniel Tulher (Payback) nos vocais da Catastrophobiac. Mais um ótimo trabalho da banda que merece ter um disco completo lançado.


Nota 8,0

Hellway Train é:

Marc Hellway - voz

Vinicius Thram - guitarra

João Brumano - guitarra

Chris Maia - baixo

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Resenha: Tuatha de Danann - In Nomine Éireann

         Nem mesmo a pandemia foi capaz de parar a banda mineira Tuatha de Danann, que no ano de 2020 lançou o excelente In Nomine Éireann. Formada ainda em 1995, na cidade de Varginha, banda segue forte na cena após 25 anos fazendo um som que mistura heavy metal com música folk e celta.


           Nesse disco a banda resolveu de forma criativa unir o seu heavy metal com a música tradicional irlandesa, com arranjos e adaptações dentro do universo da banda. A seleção para o álbum é de responsabilidade do vocalista e multi-instrumentista Bruno Maia especialista em cultura irlandesa.

              Aqui os músicos Bruno Maia (voz, guitarra, banjo, bouzouki, low whistle, tin whistle), Giovani Gome (baixo) e Edgard Brito (teclados) são acompanhados pelos músicos Nathan Viana (violino), Raphael Wagner (guitarra) e Rafael Delfino (bateria e bodhran), além de diversos convidados.

           No disco temos a abertura coma instrumental Nick Gwerk’s Jigs, trata-se de canções tradicionais e partes de autoria do Bruno Maia, com uma ótima pegada heavy, com a participação de Alex Navar (uilleann pipes) e Kane O’ Rourke (violino), seguida pela divertida Molly Maguires, também uma canção tradicional, essa traz como convidados o já citado Kane O’ Rourke no violino e Keith Fay da banda Cruachan.

          Guns and Pikes que já havia sido apresentada em vídeo é outra canção tradicional que ganhou novos arranjos de Bruno Maia, assim como a letra de responsabilidade de Maia e do músico irlandês Folkmooney, que participa nos vocais. Essa faixa ainda traz o grande baterista Marcell Cardoso (Bittencourt Project, Karma, entre outros). Moytura outra faixa instrumental, traz menções a Battle song de autoria de Maia e Berne (ex guitarrista da banda) com outras canções tradicionais. The Calling composição de Maia nos remete ao Trova di Danú lançado pela banda em 2004, aqui temos a participação de Manu Saggioro nos vocais.

           The Wind that Shakes the Barley é uma balada irlandesa gravada por Dead Can Dance entre outros, aqui na versão do Tuatha ganhou arranjos inspirados na banda irlandesa-americana Solas. Destaque aqui ficam por conta da talentosíssima Daísa Munhoz (Vandroya), novamente Marcell Cardoso faz a bateria. Newry Highwayman é uma canção folclórica irlandesa sobre a vida, os atos e a morte de um criminoso, ganhou toda a singularidade da banda mineira, destaque para os vocais um pouco mais agressivos de Bruno em alguns momentos, além da participação de outra grande vocalista da Soulspell, Talita Quintano fazendo backings.

            The Master Reels é mais uma faixa instrumental, trazendo canções tradicionais, com partes de autoria de Bruno Maia e Dregs of Birch de Tanya Elizabeth do grupo folk canadense The Duhks. Aqui temos a participação do músico irlandês John Doyle (violão e bouzouki) e do músico brasileiro Rafael Salobreña (bodhra). The Devil Drink Cider mais uma canção tradicional que ganhou peso com as guitarras e a participação do músico americano Marc Gunn nos vocais ao lado de Bruno Maia e de Fabricio Altino na bateria. Fechando o álbum temos outra instrumental The Dream One Dreamt, composta por canções tradicionais e uma versão para Tam Lin do músico folk irlandês Davey Arthur, aqui com a participação do violinista americano Finn Magill.


            O disco ainda traz como bônus track uma música de autoria de Bruno Maia em parceria com Tadeu Salgado, trata-se de King, um folk metal característico da banda mineira. O disco foi gravado pelo próprio Bruno no Braia Estúdios em Varginha/ MG, mixado e masterizado por Thiago Okamura e Cello Oliveira, destaque para a capa de Paulo Coruja. O disco saiu no Brasil em digipack pelo selo Heavy Metal Rock que tem uma parceria de longa data com a banda. Mais um grande lançamento de uma das bandas mais criativas do cenário nacional. Recomendado!

Nota 10

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Adrian Smith e Richie Kotzen juntos em projeto

     O guitarrista do Iron Maiden Adrian Smith se junto ao talentoso Richi Kotzen (The Winery Dogs, ex Mr. Big e Poison) em um projeto Smith/ Kotzen e lançaram no último dia 26 de janeiro o vídeo do primeiro single "Taking my Chances". O álbum da dupla está para lançar o álbum no próximo dia 26 de fevereiro via BMG.



              O álbum foi gravado durante o mês de fevereiro do ano passado nas Ilhas Turcas e Caico. O materia trará influências do hard rock setentista, bem como momentos de blues, produzido pela dupla Adrian e Richie e mixado pelo Kevin Shirley, com quem Adrian já trabalhou em discos da donzela. A obra é composta por nove faixas escritas pela dupla, que dividem também as guitarras e os vocais ao longo do disco, além dos baixos. Contado ainda com a colaboração de Nicko McBrain baterista do Iron Maiden e Tal Bergman, parceiro de turnê de Richie.

“Richie e eu começamos a trabalhar juntos alguns anos atrás. Nós somos amigos e já tocamos juntos por alguns anos antes disso”, conta Adrian. “Nós dois dividimos um amor pelo rock clássico e o rock blues, então decidimos nos juntar e começar a escrever algumas músicas e partimos daí. Basicamente tudo presente no álbum foi decidido por mim e Richie inclusive na produção. Nós desenvolvemos uma ideia forte de como queríamos que o disco soasse e eu estou muito feliz com o resultado. Ele possui muitas músicas incríveis que estamos muito animados.”

“Nós tivemos um processo muito fluido na composição”, Richie complementa. “Às vezes Adrian me mandava algum riff e eu imediatamente criava algum tipo de melodia ou ideia para o vocal. E algumas vezes isso acontecia ao contrário, então foi um processo quase circular. Nós nos juntamos quando conseguimos para jogar e criar ideias e elas evoluíam, o que foi ótimo porque não tinha nenhuma pressão, só o curso natural da coisa, e eu acredito que o álbum representa muito isso.”

Confira o vídeo

Resenha: Aquaria - Alethea

         A banda carioca Aquaria lançou em dezembro de 2020 seu terceiro álbum, fechando uma trilogia iniciada com os discos Luxaeterna e Shambala, em 2005 e 2007 respectivamente. Trilogia aquariana, que retrata o fim do mundo e as manobras intertemporais sobre o comando de Madeleine, uma divindade cigana moderadora do cosmo que tem como atributo comunicar-se com vidas passadas, tentando, dessa forma, impedir uma catástrofe iminente e eminente.



O termo “Alethea” vem do grego “verdade”, na verdade é aquilo que se vela e desvela, o que se apresenta no presente absoluto, movimento constante do real, criador de espaço-tempo. Portanto, recordações do futuro e previsões do passado convivem de maneira harmônica.

Quanto ao disco, a banda apresente seu power metal sinfônico característicos, que irá agradar em muito os antigos fãs. Trazendo uma nova formação, com relação aos lançamentos anteriores com, Vitor Veiga (Endless) nos vocais, Alberto Kury (NovaLotus) no teclado, Fernando Giovannetti (ex Wizards, Armored Dawn e outros) no baixo e os novatos Luciano de Souza na guitarra e Thomás Martinoia (Hatefulmurder) na bateria.

Abrindo os trabalhos temos a excelente e curta Am I, um power metal rápido e vigoroso. A sequencia com The Avatar começa de forma magnífica, com elementos sinfônicos e vai crescendo para um power metal com belos arranjos. The Miracle nos remete ao Shambala com elementos da cultura indígena, contando com a participação do guitarrista Daniel Miura do Projeto Miura Jam (Projeto que faz versão heavy metal para músicas de animes), com um solo primoroso, uma das melhores do disco. The Indians mantém a pegada power/ speed metal técnica da banda, destaque para o solo de guitarra de Luciano.

Sem tempo para respirar, temos outra pedrada power sinfônica com The Quest com ótimos arranjos de orquestração e momentos mais calmos. Em The Revolution começa com um clima de trilha sonora de filme de ficção científica e alterna momentos mais aceleradas com outros mais cadenciados, com um refrão para sair cantando junto. The Pain é uma faixa agradável com uma sonoridade mais acessível, porém, sem perder o peso e a pegada power metal da banda, com um refrão que gruda na cabeça e ótimos fraseados de guitarra.

The Time Traveller, primeiro single apresentado pela banda, vem na sequencia um power/ prog metal, com uma introdução que casou bem com a música, que começa de forma bem suave e logo ganha peso e velocidade. Time Won’t Wait pode ser considerada a balada do álbum, embora não seja aquelas baladas piegas comum, ponto para a banda. Ponto também para o solo de guitarra do convidado Mauricio Belmonte ao lado do Luciano, que executam um solo belíssimo e de muito bom gosto.

WTSTW começa com ótimos arranjos de orquestração e teclado e mostra elementos de prog metal com diversos andamentos. The House of Words traz novamente o power metal com uma pegada mais speed carregado de melodias, com um instrumental primoroso. Fechando com I Am de forma bem suave e cristalina, a música começa com piano e é conduzida por ótimas orquestrações digna das maiores obras do power metal, uma bela canção. A versão japonesa traz como bônus a faixa Violet da primeira demo da banda, quando ainda atendiam pelo nome de Uirapuru, já a versão nacional traz como bônus Away from Here.

Em suma, Alethea é um ótimo álbum de power metal, recomendado para fãs. Possivelmente o melhor da banda, super agradável de ouvir. Vitor Veiga é sem dúvidas um dos melhores vocalista do estilo no país, e os músicos todos primam pela técnica, sem deixar de lado o feeling. As composições e arranjos a cargo da dupla Alberto e Vitor também são excelentes, vale destacar o trabalho de ilustração de responsabilidade de Antonio Cesar e a produção de responsabilidade do próprio Vitor Veiga no Estúdio de Pedra no Rio de Janeiro e mixagem de Eduardo Belchior, masterização por Ronny Milianowicz ambos no Studio Seven em Örebro na Suécia.

Outro ponto é para a versão nacional vem um belo trabalho gráfico de slipcase de responsabilidade do selo Metal Relics, que vem lançando e relançando grandes trabalhos do metal nacional, em versões caprichadas. Confiram.


Nota 10

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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Nervosa lança novo vídeo clip

        A banda brasileira Nervosa lançou nessa terça-feira 19/01 o vídeo clip de novo single. Trata-se da faixa Under Ruins do novo álbum da banda Perpetual Chaos que será lançado nesse mês de janeiro.


    A Nervosa já havia lançado em outubro de 2020 o vídeo clip do single Guided by Evil, o primeiro com a nova formação da banda, que conta agora com a guitarrista Prika Amaral, acompanhada das talentosas Diva Satanica nos vocais, Mia Wallace no baixo e Eleni Nota na bateria.
    Perpetual Chaos é o quarto trabalho de estúdio da banda, o primeiro com a nova formação, que  foi gravado e produzido no estúdio Artesonao Casa de Gabración Studio em Málaga, pelo produtor Martin Furia, masterização de responsabilidade de Yarnel Heyle.

Perpetual Chaos Tracklisting:
01. Venomous
02. Guided By Evil
03. People Of The Abyss
04. Perpetual Chaos
05. Until The Very End
06. Genocidal Command
07. Kings Of Domination
08. Time To Fight
09. Godless Prisoner
10. Blood Eagle
11. Rebel Soul
12. Pursued By Judgement
13. Under Ruins

14. Exuja (bonus track especial para o Brasil)


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Iced Earth - Gravadora retira discos da banda de catálogo

 


    A gravadora Century Media Records retirou de seu catálogo online todos os trabalhos da banda estadunidense, após a prisão do líder e guitarrista da banda Jon Schaffer. São ao todo 9 álbuns lançados pela gravadora, dos 12 álbuns de estúdio da banda. Até o momento o selo não se manifestou a respeito.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

20 anos de Defender of Metal, disco debut do Hellish War

       Em comemoração aos 20 anos do lançamento de seu debut "Defender of Metal" de 2001, a banda de Campinas Hellish War, vem lançando 1 lyric video por dia de uma música do disco em seu canal oficial no youtube.



    O disco foi lançado oficialmente no ano de 2001 pelo selo Megahard Records no Brasil. Contando então com Roger Hammer no vocais, nas guitarras  Vulcano e Daniel Job, no baixo Gabriel Gostautas e na bateria Jayr Costa, a banda apresentava em sua proposta um heavy metal tradicional, com pitadas power muito influenciado pela escola dos anos 80 de bandas como Iron Maiden, Judas Priest, Grave Digger e Running Wild. As letras são uma verdadeira ode ao metal, sempre enaltecendo o estilo que a banda abraçou desde seu inicio.

    Ao todo o disco conta com 11 faixas, algumas viraram verdadeiros hinos do underground como We are Living for the Metal e a faixa título. Abrindo temas a épica instrumental Into the Battle, uma ótima faixa, porém poderia ser mais curta. Em seguida vem a pesada faixa que da nome a banda Hellish war com um ótimo refrão para cantar junto nos shows. A já citada We are Living for the Metal vem na sequencia com excelentes riffs e um refrão para também cantar junto, enaltecendo o estilo que tanto amamos, hino obrigatório no repertório da banda 20 anos depois. A faixa título Defender of Metal outro hino da banda, é bem cadenciada com uma pegada old school.

    Outra faixa bem cadenciada é The Sign, com um clima tenso no inicio, a faixa apresenta belos dedilhados de guitarra com uma base de teclado, além um um ótimo solo. Gladiator uma faixa mais rápida, com destaque para a cozinha da banda, faixa essa que remete ao grande Running Wild. Into the Valhalla é um excelente épico instrumental, muito agradável. A poderosa Sacred Sword vem na sequencia com destaque para os vocais precisos de Roger Hammer e o solo que guitarra de Daniel e Vulcano, remetendo aos tempos áureos de Dave Murray e Adrian Smith no Maiden.

    Já Memories of a Metal vem com um andamento médio, com ótimas melodias e um refrão forte, destaque para os solos de guitarra ao longo da faixa e os belos dedilhados de teclado, que torna a música ainda mais cativante. Outra instrumental é Feeling of Warriors com duetos de guitarras inspiradíssimos e uma base de baixo e bateria marcante. Fechando o trabalho, temos a The Law of the Blade com uma pegada speed que nos remete aos lançamentos dos anos 80, belas melodias.

    Destaque também para a produção, não creditada no encarte do cd (acredito que tenha sido de responsabilidade da própria banda), e a arte gráfica de responsabilidade do guitarrista Daniel Job com Eduardo Burato. Uma ótima estreia, com um disco que mesmo após 20 anos de seu lançamento, permanece sendo saldado pelos verdadeiros headbangers.


Nota 9,0

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Morre o lendário baixista Tim Bogert

     Morreu nessa quarta-feira o lendário baixista Tim Bogert do trio Beck, Bogert & Appice, Vanilla Fudge e Cactus. O músico tinha 76 anos, e vinha em uma batalha contra um câncer, não revelado, porém não resistiu.



    A confirmação de sua morte, veio através de sua rede social oficial e do baterista e amigo Carmine Appice, com quem o músico tocou junto por muitos anos.

    O baterista fez a seguinte declaração em sua conta no facebook:  "Meu verdadeiro amigo Tim Bogert morreu hoje. Ele era como um irmão para mim. Ele foi meu amigo por mais de 50 anos. Tim era um baixista único. Ele inspirou muitos baixistas em todo o mundo. Ele era tão mestre em 'fritar' quanto em segurar o groove. Tim introduziu um novo nível de virtuosismo entre baixistas de rock".

O baterista disse ainda, "Ele fará muita falta em minha vida. Vou sentir falta de ligar para ele, fazer piadas, falar sobre música e lembrar os grandes momentos que passamos juntos e como criamos músicas incríveis juntos".

E encerrou seu depoimento ao amigo que tinha como um irmão: "Talvez a única coisa boa em ter alguém próximo a você sofrendo de uma doença grave é ter a oportunidade de dizer a essa pessoa que a ama e por que a ama. Fiz muito isso. Fiquei emocionado ao ouvir isso sendo dito de volta para mim. Não deixamos de falar nada um ao outro e sou grato por isso. Eu recomendo. Descanse em paz, meu parceiro. Eu te amo. Vejo você do outro lado".

Tim Bogert sofreu um acidente de moto no ano de 2005, o que fez com que se afastasse dos palcos no ano de 2009, em decorrência de complicações devido ao acidente. Porém o músico permaneceu gravando discos.

Um dos baixistas mais influentes do hard rock e do heavy metal, durante os 60 e 70. Tim revolucionou o estilo de tocar, colocando peso e distorção no instrumento, com muita agilidade e um som inovador em seu baixo Fender Precision. Um dos melhores momentos de sua carreira foi com certeza com o trio Beck, Borget & Appice, ao lado do já citado baterista Carmine Appice e do guitarrista Jeff Beck. O trio lançou apenas um único álbum de estúdio de mesmo nome em 1973, além de um ao vivo gravado no Japão, intitulado Beck, Bogert & Appice Live (In Japan) de 1973, vale apena conferir.


quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Quebra Tudo: A História do Rock na América Latina

     Antes de mais nada essa é a primeira resenha que não trata de disco, no caso é um documentário disponível na Netflix e que achei muito interessante.



    Quebra Tudo: A História do Rock na América Latina, uma série original da Netflix, produzida pelo músico e compositor argentino Gustavo Santaolalla. Como sugere o nome, o documentário vai tratar da história do rock na América hispânica e sua relação com os movimentos políticos e sociais dos países latinos ao longo dos últimos 50 anos.

    São ao todo 6 episódios narrado por músicos e produtores que fizeram parte do cenário latino-americano do rock desde a segunda metade dos anos 50, até inicio dos anos 2000. Participam entre os músicos renomados Charly García, Álex Lora, Fito Páez, Julieta Venegas, Rubén Albarrán e o próprio Gustavo Santaolalla. Além de músicos de gurpos como Maná, Soda Stereo, Molotov, Cafe Tabvca, Aterciopelados, Los Prisoneros, entre muitos Outros. A história é narrada de forma cronológica, e passa por diversos países, sendo os principais México e Argentina, mas abordando também a cena do Uruguai, Chile, Colombia e Perú.

    Uma das partes mais interessantes é sem dúvida a relação do rock, com o contexto político e social em todas América latina ao longo dos anos 70. Como os músicos utilizaram a sua arte como forma de protesto contra os militares, e como os mesmo demonizavam o rock. Um dos relatos que chama mais atenção foi do músico argentino León Gieco em 1978, nos primeiros anos da ditadura na Argentina. O músico foi chamado a se apresentar em um escritório do exército em Buenos Aires, onde um general o aguardava. Ao chegar nesse escritório, segundo o próprio músico, ele foi ameaçado pelo general com uma arma, com os seguintes dizeres: "Da próxima vez que cantar essa canção, vou mandar um balaço na sua cabeça". Referindo-se a canção Solo le Pido a Dios, seu hino de protesto.

    Outro momento político marcante protagonizado pelo rock em solo argentino foi durante a Guerra das Malvinas, época em que músicas em inglês foram proibidas de tocar nas rádios do país, pelo governo. Passa por outros momentos políticos marcantes, como a ditadura de Pinochet no Chile, a abertura política e lei de anistia nos países latinos, redemocratização, o surgimento dos movimentos punk e new wave nos anos 80, grandes eventos em estádio e arenas. O "boom" do rock nos anos 90 com o surgimento da MTV nos países latinos.

    O documentário passa ainda pelo punk colombiano que tocava nos anos 80, enquanto o narcotraficante Pablo Escobar aterrorizava Bogotá. A crise econômica no inicio do século, o movimento zapatista no México. A tragédia ocorrida na casa de show República Cromañón em 2004, na cidade de Buenos Aires, durante uma apresentação da banda Callejeros.

    O documentário segui uma linha de tempo cronológica, chegando até o ano de 2010.

    Enfim, um documentário para quem gosta de rock, político e história. Recomendado para quem quer conhecer melhor artistas e bandas da América latina, sem preconceito e sem se preocupar com rótulos, vale muito apena conferir.

Nota 9,0

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Banda Oráculo lança Lyric Video para a música Sounds of Life

 


A banda Oráculo foi formada na cidade de Fortaleza, estado do Ceará no ano de 1995, com a proposta de tocar um heavy metal tradicional com influências das bandas dos anos 80. Após algumas mudanças na formação e dois discos lançados além de uma demo, a banda começa o ano de 2021 lançado um vídeo em seu canal no youtube. Trata-se de um lyric video para a música Sounds of Life, presente em seu segundo disco Disciples of Metal, lançado em 2019. Produção a cargo de Jerônimo Pire.


Oráculo é:

Robson Alves - vocais
Paulo Henrique - guitarra
Renan Ferreira - guitarra
Vicente Wilson - baixo
Sula Cavalcante - bateria

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Novo single do Elizabethan Walpurga

 


A banda pernambucana de Black Metal Elizabethan Walpurga lançou agora em janeiro, o novo single "Excelsion Paraeidolon" em seus canais. A bela arte gráfica é de responsabilidade de Alcides Burn, artista que vem se destacando dentro do cenário nacional, fazendo arte para as mais diversas bandas.
A banda lançou em seu canal no Youtube um vídeo ao vivo para a nova canção, gravado no estúdio Space Invaders Studio, com a participação da cantora Amanda Lins.

Elizabethan Walpurga é:

Renato Matos - baixo
Breno Lira - guitarra
Erick Lira - guitarra
Leonardo Mal'lak - voz
Arthur Lira - bateria

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Immortal Guardian lança vídeo clip para versão de "Into the Pit" clássico do Fight

 


A banda Immortal Guardian de Austin/ Texas, liderada pelo guitarrista/ tecladista shred Gabriel Guardiola e pelo vocalista brasileiro Carlos Zema, lançou nessa terça-feira 12 um vídeo clip em seu canal oficial no youtube para a música Into the Pit. A música é original do Fight, banda liderada por Rob Halford no início dos anos 90, no álbum War of Words de 1993. O vídeo contou com a participação do guitarrista Metal Mike Chlasciak (Rob Halfod, Sebastian, Testament e outros) e do vocalista brasileiro Leandro Caçoilo (Viper, Caravellus, Seventhe Seal e outros).
A banda já o lançamento de seu 2° full length para esse ano de 2021, intitulado Psychosomatic, Carlos ainda encontra-se no processo de produção e gravação do novo álbum da banda Heaven's Guardian de Goiás, o primeiro de estúdio após o retorno do vocalista.


O Immortal Guardian é:

Carlos Zema - vocais
Gabriel Guardiola - guitarra/ teclado
Justin Piedimonte - bateria
Joshua Lopez - baixo

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Trend kill Ghosts lança o single "Dethrone Tyranny", em tributo ao Gamma Ray

 


A banda paulista de power metal Trend Kill Ghosts, lançou um single com um cover para a música Dethrone tyranny, lançada pela banda alemã Gamma Ray no disco No World Order! de 2001, o single ganhou um vídeo disponível no canal da banda no youtube. A banda encontra-se em processo de produção de seu segundo álbum. O primeiro álbum Kill Your Ghosts foi lançado em 2019, apenas em formato digital e está disponível em diversas plataformas.


Produtor: Rogério Oliveira
Gravação, mixagem e masterização: Flight Studio
Fotografia: Santa Sampa

Trend Kill Ghosts é:
Diogo Nunes - vocais
Maurilio Vizin - baixo
Rogério Oliveira - guitarra
Leandro Tristane - bateria

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Marko Hietala deixa o Nightwish

 Em um comunicado em sua rede social e da banda, o baixista do Nightwish anuncia sua saída da banda e o afastamento da vida pública. Leia a seguir.


Anúncio de demissão de Marko:

Queridas pessoas. Estou deixando o Nightwish e minha vida pública. Há alguns anos, não consigo me sentir validado por esta vida. Temos grandes armas da empresa de streaming que exigem trabalho de 9/5 de artistas inspiradores, enquanto compartilhamos os lucros de forma injusta. Mesmo entre os artistas. Somos a república das bananas da indústria da música. Os maiores promotores de turnês obtêm porcentagens até mesmo de nossas próprias mercadorias enquanto pagam dividendos ao Oriente Médio. Aparentemente, algumas teocrasias podem tirar o dinheiro da música que faria com que você fosse decapitado ou preso ali sem parecer hipócrita. Apenas alguns exemplos aqui. O ano passado me obrigou a ficar em casa e pensar. E fiquei muito desiludido com essas e muitas coisas. Descobri que preciso dessa validação. Para eu escrever, cantar e tocar, preciso encontrar alguns novos motivos e inspirações. “Meu Walden”, por assim dizer. E está até no meu livro que sou um depressivo crônico. É perigoso para mim e para as pessoas ao meu redor, se eu continuar. Alguns dos pensamentos de um tempo atrás estavam sombrios. Não se preocupe, estou bem. Tenho meus dois filhos, uma esposa, o resto da família, amigos, um cachorro e muito amor. E eu não acho que irei embora para sempre. Conspiração é a palavra do dia. Para as pessoas que gostam deles, preciso dizer que meu 55º aniversário é agora no dia 14 de janeiro e certamente já cumpri minha pena por agora. Culpar, por exemplo, Tuomas é um insulto tanto a ele quanto ao meu pensamento livre. Isso é uma coisa muito triste para todos nós também. Tenha cuidado, por favor. Mas é claro que agora saberemos, se alguns forem lá de propósito. Há algumas coisas combinadas que farei em 2021. Caso contrário, eu gentilmente e com respeito peço à mídia, bandas, projetos de artistas etc. que não me peçam nada no próximo ano. Eu tenho que reinventar. Espero falar sobre isso em 2022. Não é uma promessa, no entanto.

Eu sinto muito por isso.

Marko Hietala

P.S. Tony Iommi é uma exceção ao “nenhum contato”. O herói da infância tem precedência.

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 A renúncia de Marko nos deixou com algumas decisões e escolhas difíceis a serem feitas. Após muita reflexão e consideração, decidimos, em mútuo entendimento, realizar o próximo 'Humano. : II: Natureza. - turnê mundial 'conforme planejado, mas com um baixista de sessão. O line-up ao vivo será anunciado em uma data posterior. Respeitamos a decisão de Marko e desejamos a ele tudo de bom. Não vamos comentar mais nada. "

Nightwish
(Créditos das fotos: Sami Grunge)


domingo, 10 de janeiro de 2021

Melhores discos de 2020

    O ano de 2020 foi complicado no mundo inteiro, um ano atípico, com muitas atividades econômicas suspensas, principalmente a do entretenimento, devido ao covid-19. Porém, ainda tivemos muitos lançamentos interessantes no mundo da música, seja de bandas e artistas consagrados como AC/DC, Deep Purple, Paul McCartney e Neil Young. Seja de artistas novos, com seus primeiros lançamentos.
Vou listar aqui os 10 principais lançamentos nacionais e internacionais, na minha opinião. Como tivemos muita coisa boa lançada, diversos discos excelentes ficaram de fora, porém também merecem serem conferidos.

Melhores discos de 2020 Internacionais

1° Testament - Titans of Creation: 13° álbum de estúdio da banda de thrash metal norte-americana, lançado em 03 de abril de 2020.

2° Blues Pills - Holy Moly!: 3° trabalho dos suecos, trazendo seu hard rock setentista com uma boa dosagem de blues, lançado em 21 de agosto de 2020.

3° AC/DC - Power up: Após um período conturbado na carreira dos veteranos do AC/DC, a banda deu a volta por cima e lançou no ano de 2020, o excelente Power up, 17° álbum de estúdio da banda, lançado 13 de novembro de 2020.

4° Paradise Lost - Obsidian: 16° álbum de estúdio da banda britânica de gothic metal, lançado em 15 de maio de 2020 através da Nuclear Blast.

5° Deep Purple - Whoosh!: Outra banda veterana que também lançou um maravilho álbum no ano de 2020, foi os ingleses do Deep Purple com seu 20° trabalho de estúdio Whoosh! lançado em 07 de agosto de 2020.

6° Lucifer - III: Como sugere o nome, o 3° trabalho de estúdio da banda alemã, trazendo uma pegada doom metal bem setentista, liderada pela vocalista Johanna Sadonis e pelo seu marido Nicke Anderson (The Hellacopters, Imperial State Electric e Entombed), aqui tocando bateria, lançado em 13 de março de 2020.

7° Sodom - Genesis XIX: O 16° álbum de estúdio dos alemães do Sodom, porrada thrash metal, foi lançado em 27 de novembro de 2020.

8° Demons & Wizards - III: 3° álbum do projeto idealizado pelo guitarrista Jon Schaffer (Iced Earth e outros) ao lado do vocalista alemão Hansi Kürsch (Blind Guardian), com o power metal épico tradicional, combinação perfeita entre as principais bandas dos dois músicos, lançado em 21 de fevereiro de 2020.

9° Ozzy - Ordinary Man: 12° disco de estúdio do Madman, contou com a produção Andrew Watt (responsável também pelas guitarras no disco), além dos convidados Elton John e o rapper Post Malone e dos músicos Duff McKagan (Guns N' Roses) e Chad Smith (Red Hot Chili Peppers). O álbum foi lançado em 21 de fevereiro de 2020.

10° Bonfire - Fistful of Fire: 19° álbum de estúdio dos alemães, apresentando seu hard rock, com pitadas de metal, aqui no Brasil saiu via Shinigami Records. Lançamento ocorreu em 03 de abril de 2020.

    Dentre os lançamentos internacionais que tivemos em 2020, vale destacar ainda o disco solo de estreia de Corey Taylor (Slipknot, Stone Sour) CMFT onde o vocalista explora diversos estilos nas músicas. Outro lançamento que vale apena ser conferido é Human.:II: Nature dos finlandeses do Nightwish, ainda para fãs do metal sinfônico tivemos o Apocalypse & Chill do Delain. No metal extremo o grande lançamento foi do Napalm Death com Throes of Joy in the Jaws of Defeatism. O Carcass lançou o EP Despicable. Um grande nome do thrash metal canadense Annihilator lançou Ballistic, Sadistic. Saindo do metal tivemos o lançamento de III do Paul McCartney, Neil Young com Homegrown e Bon Jovi com Bon Jovi 2020. 
    Entre os lançamentos ao vivo os que mais se destacaram foram sem dúvidas o S&M II do Metallica e Nights of the Dead, Legacy of the Beast - Live in Mexico City do Iron Maiden. Vale conferir também o Live in São Paulo dos Holandeses do Picture e I am the Empire: Live from 013 do Kamelot.
    Em território brasileiro também tivemos ótimos lançamentos ao longo do ano de 2020, incluindo aí estreia de algumas bandas, além de banda já clássicas.

1° Sepultura - Quadra: O 15° álbum da banda mineira foi um dos grandes lançamentos do ano, não só no cenário nacional, como no mundial. Lançado em 07 de fevereiro de 2020.

2° Tuatha de Danann - Tin Nomine Éireann: 5° full length dos mineiros do Tuatha de Danann, traz uma ode a música tradicional irlandesa, com diversos convidados. Lançado em 18 de dezembro de 2020.

3° Electric Mob - Discharge: Uma das bandas a lançar seu álbum de estreia em 2020, foram os curitibanos do Electric Mob, lançaram um ótimo álbum de hard rock através do selo Frontiers Records. Lançamento ocorreu em 10 de junho de 2020.

4° The Troops of Doom - The Rise of Heresy: Outra banda que fez sua estreia em 2020 foi o Thr Troops of Doom liderado pelo grande guitarrista Jairo Guedz, trata-se de um ep, muito bem produzido, lançado em 09 de outubro de 2020.

5° Hell Gun - Kings of Beyond: Debut álbum da banda curitibana de heavy metal, com forte influencia das bandas dos anos 80. Lançado em 06 de agosto de 2020.

6° Scars - Predatory: 3° trabalho da banda paulistana de thrash metal, marcou o retorno das atividades da banda. Lançado em  07 de agosto de 2020.

7° Semblant - Obscura: A banda curitibana de gothic metal lançou seu terceiro full length, o primeiro pela gravadora Frontiers Records. Lançado em 06 de março de 2020.

8° Aquaria - Alethea: Terceiro álbum da banda carioca de power metal melódico lançado pela Metal Relics, fechando uma trilogia iniciada com Luxaeterna em 2005. Lançado em 25 de novembro de 2020.

9° Ego Absence – Serpent’s Tongue: Mais uma banda que lançou seu debut em 2020 foram os paulistas do Ego Absence com seu power metal. Lançado em 09 de fevereiro de 2020.

10° Area 55 - One Ocean: Banda brasileira radicada nos Estados Unidos apresenta um hard rock/ aor, esse é o debut da banda. Lançado em 29 de maio de 2020.

    Outros lançamentos que marcaram o ano de 2020 temos os paulistas do Brave que lançaram seu terceiro full length The Oracle, os thrashers do Chaosfear Be the Light in Dark Days. Tivemos lançamento de bandas veteranas como o Vulcano que lançou Eye in hell, o Vodu lançou Walking with Fire, Taurus com V, e o ao vivo En acción do Azul Limão. Os brasileiros da Madre Sun lançou seu debut The Speed of Light ao lado do guitarrista Tyson Schenker. Entre os ao vivos temos o Made in Russia do Noturnall, Temple of Shadows in Concert do Edu Falaschi, esse lançado somente no Japão.
    O ano de 2020 teve muitos outros lançamentos incríveis, cabe ao apreciador de música ir atrás dos que ele gosta mais.