segunda-feira, 10 de abril de 2017

Bandas Nacionais - Ankhalimah

A Ankhalimah surgiu em 14 de julho de 2007, por mãos de seus dois fundadores, Guilherme Klausner, e Yuichi Inumaru. Em seus primeiros ensaios contava com o baterista Cadu Franco, Victor Hugo Lopes no baixo e Gabriel Martins (Lumino’) como segundo guitarrista. A princípio era uma banda formada por amigos que faziam música por diversão apenas, sem grandes compromissos.

Durante esse tempo, a banda trocou de baterista, e entrou Raphael Galego(Gravidade Zero). No entanto, por conta de uma briga entre os fundadores, Yuichi Inumaru deixou a banda. Decidido a continuá-la, Klausner chamou para a banda o guitarrista Arthur Fernandes. Este, por sua vez, indicou para o posto de segundo guitarrita Henrique Valle (Exhumed Christ), que trouxe na bagagem influências do Black e do Death Metal para a sonoridade da banda. Durante esse período, Yuichi Inumaru, já em paz com Guilherme, e Rafaelle Venturelli fizeram participações no Teclado. Devido a uma suposta suavização no som da banda, o guitarrista Henrique Valle pediu pra sair. Após um tempo selecionando membros, o guitarrista Pedro Drummond (Verhasst) entrou na banda. No baixo, Victor Hugo Lopes foi substituído por Pedro Marins (Drop Rock) e Raphael Galego passou para o Teclado, com Tauanã Guarino (Helgrid) ocupando agora o posto de baterista.

Após sucessivas substituições, a banda se dividiu em duas: The Vice e Ex Machina, a primeira com os integrantes antigos Raphael Galego e Victor Hugo Lopes, porém com Pattrick Lopes(Gravidade Zero) na Guitarra e Yuichi Inumaru no teclado e a segunda com os integrantes novos, ambas com Guilherme Klausner no vocal e Arthur Fernandes na Guitarra. As duas bandas se desintegraram posteriormente por motivos diversos, e uma última tentativa de levar adiante o projeto seria feita com Yuichi Inumaru na Guitarra, Tauanã Guarino na Bateria, Pedro Marins no Baixo e Guilherme Klausner no vocal. A instabilidade não cessou e a banda foi aos poucos se desmontando e remontando, até que finalmente seus integrantes resolveram por um ponto final (que acabou por não ser tão final assim) na trajetória.

Durante este período de hiato, os membros montam diversos projetos. Arthur Fernandes e Yuichi Inumaru se dedicam a Metais de Transição, Guilherme Klausner e Pedro Drummond formam a banda Neon Black.

Com o declínio da Metais de Transição no final de 2010, Yuichi propõe a Klausner que sozinhos comecem a gravar suas músicas como sempre quiseram fazer. No entanto, entendendo a dificuldade que seria gravar com o quórum da banda permanentemente instável, optaram por limitá-lo aos membros que sempre o compuseram com a lealdade e dedicação necessárias para construir a história musical do grupo.

CD I
Início dos Trabalhos

Em maio de 2011, Klausner propõe que o grupo fosse fechado com apenas mais um membro, o antigo guitarrista Arthur Fernandes. Com a ajuda de Pablo Ferreira (Iluminato), o projeto começa a tomar uma forma muito mais bem definida e as gravações da demo começam.

Durante esse processo, Caio Dieguez (Scarlet Horizon, Helgrid) mostra-se muito interessado pelas músicas e contribui com ótimas idéias, sendo integrado à banda. A primeira demo é finalizada com Snowchild e Nell Mezzo del Camim.

Após cerca de um ano de trabalho amadurecendo as composições, e alguns ensaios em estúdio com Tauanã Guarino na bateria, o CD debut finalmente começa a ser gravado com o produtor Marcelo Oliveira (Hydria), contendo um total de 11 músicas. A maior parte destas provém do período inicial de composição da banda, porém com uma cara completamente diferente - e significado, também.

O CD se chama "I" (para “Eu” um inglês ou o número 1) e fala do incessante conflito do homem que vive no ego, separado da unidade.

Ankhalimah é um trocadilho de três palavras: Ankh, Kalimah, e Ancalima. Ankh é a chave da vida egípcia, símbolo associado à eternidade. Kalimah é palavra, em árabe, como nos Seis Kalimahs do Islã. Ancalima é o élfico (Sindarin) para "o mais brilhante/radiante" (como em "Aya Ëarendill Elenion Ancalima").

DO CD I

O primeiro CD da banda conta com as músicas: Ankhalimah, Radiant, Two Edged, Edge of Madness, For our Best, Magnetic, Nell Mezzo del Camim, Prison of Vices, Vampire, Plot Against Humanity e Valentine.

Ankhalimah fala da criação do mundo, com sua letra fortemente inspirada pelos textos do Silmarillion e pela mitologia hermopolitana que circunda Thoth, como criador do mundo através do pensamento e da palavra, além do misticismo judaico cabalístico, bem como por outras diversas religiões que abordam o tema de maneira semelhante.
Radiant fala da pré-existência, na mente humana, de traços que fogem a racionalidade, fazendo alusão aos escritos de Santo Anselmo acerca da Mens Divina, bem como imaginando como se manifestariam estes traços na mente da Divindade criadora, usando como instrumento deste discurso a figura do Taltos, como descrita por Anne Rice em seu livro The Witching Hour.
Two Edged é uma musica cuja letra foi escrita por Gabriel Martins, e aborda a questão da projeção e identificação no Outro. Edge of Madness também se dedica a análise da projeção e identificação no Outro, só que em perspectiva diversa.
For Our Best fala sobre enfrentar as dificuldades e delas extrair prazer. Carpe Diem não deve ser entendido como um ditado niilista, mas deve ser vinculado a dedicação e a vitória, e ao prazer único que pode se extrair de ambas. A música é sobre a banda e a relação entre seus membros e que acabou por se encaixar perfeitamente ao conceito que esta buscava desenvolver no CD.
Magnetic conta a história de uma mulher que carregava em seu coração a pureza, mas que, ao encontrar um homem mais velho, já corrompido pelas vicissitudes do mundo, acaba se estragando em sua relação com o Outro, degenerando-se em uma “vampira”.
 Nell Mezzo del Camim fala sobre se libertar do passado (o que não é o mesmo que esquecê-lo).
Prison of Vices fala de alguém que tenta se livrar do ego, mas que acaba por descobrir facetas de sua perversão em situações que acreditava puras.
Vampire fala sobre o ego em si, personificado em mulher.
Plot Against Humanity é um mergulho no ego como condutor da humanidade, que se vitimiza a todo o tempo, buscando se isentar face a realidade perversa que instalou através de suas opções degeneradas e irrefletidas.
E Valentine era parte de um opera metal antes, mas acabou virando um final razoável para o CD. Ela é praticamente toda metafórica, ou o que poderia ser chamado de “eminentemente estética”. Fala mais através de figuras, e não aborda um assunto específico. É um pesadelo tentando fazer sentido – comparável a Plot Against Humanity, que é uma música de protesto, trata da tentativa do homem de acordar do pesadelo que vive nesse mundo.

Lançamento do CD I

As gravações terminaram no fim de 2012, após 4 meses de bastante trabalho. Depois de alguns meses, dedicados ao trabalho da parte estética do CD bem como a resolução de alguns problemas burocráticos, o CD foi lançado oficialmente no dia 02/01/2013.


Membros da banda
Guilherme Klausner - Vocals.

Yuichi Inumaru - Guitar & Vocals.

Arthur Fernandes - Guitar.

Matheus Lang - Drums.

Local Niterói - Rio de Janeiro

Fonte Facebook

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