Tudo começou a mais ou menos 20 anos atrás, quando um homem, bastante velho, disse para o então baixista André Ribeiro: você não toca nada. Revoltado, André calou. Meses, anos, uma infinidade de tempo passara, mas resiliente ele era. Queria mostrar ao velho o que aprendera ao longo do período em silêncio.
Ao mostrar ao velho o que tivera aprendido, o velho mestre passou a chamar-lhe de mestre. Não apenas por ter superado todas as dificuldades, mas por ter mostrado que seria possível. É assim que nasce o “Chaosphere”.
Do “Chaos” ao Inferno
Dizer “o inferno é aqui” é até meio clichê, mas trazer à tona esse sentimento é realmente único. “Hell is Here” é o primeiro disco do “Chaosphere”. Produzido por celebridades, é um disco para debutante nenhum botar defeito. Do começo ao final, a música lhe envolve. Traz-lhe para a realidade: O inferno é aqui. Cara, o debut é indefectível, do começo ao final. Quais são as bandas que podem começar um álbum com uma música como “Welcome to the World” e finalizar com “The Empire of Lost Souls”? Eu particularmente, como ex-membro da banda, tinha um prazer inimaginável de tocar essas músicas.
Vale ressaltar que a banda, após este álbum, se desfez. Entretanto, resiliente estava André. E cansado nunca. Ele foi ao encontro do horror...
Do Inferno ao “Horror”
Após um épico álbum, cheio de controvérsias, confusões, e erros nos bastidores, eis que o cavaleiro do “Caos” resolve implementar um singelo EP, chamado “Horror Tales”.
Violento, Voraz, Progressivo. Tudo a ver e nada a ver com o “Chaos”. Nesse momento, a banda passa a se chamar “Caos Sphere”. Deixa de lado o sotaque totalmente americano e se aproxima mais de sua língua materna. Golpe de marketing, midiático?! Talvez sim, talvez não. Como conheço o criador do “Caos”, a vontade foi muito mais de causar a discussão em torno do tema.
Voltando ao disco, duas são as músicas que ficam na cabeça sem parar: “Mission 666” e “Into the Shadows”. Vale ressaltar a perfeição dos solos executados pelo guitarrista Nenel Lucena. Dá vontade de escutar 500 vezes as mesmas músicas.
Pena não ter visto o “Horror” encantar e ser apreciado em todos os cantos da Terra. Mas será.
E como a morte que não pode ser morrida nem matada, a Morte surgirá.
Do “Horror” à Morte
“Morre, morte, morre! E como não morre a morte, a morte vem me buscar. Morte que canta uma música de ninar. A única coisa que pode me parar”.
Talvez não com essas palavras, mas com esse sentimento, nasce o terceiro álbum do Caos Sphere. Apesar do tema sombrio, vivido na pele de quem morreu e voltou, é um trabalho que faz ode à vida. Vida de quem sangra todos os dias, de quem morre todos os dias, de quem renasce. Vida que se segue.
De forma magistral, a nova gênese do Caos vem para matar a Morte, matar o Horror, matar o Inferno. Se alguém conhece de música, vai se perguntar: Que porra é essa? Do Nordeste do Brasil ao Norte da Noruega. Tudo em um mesmo lugar. Pois é, tudo faz sentido.
Mas...
Sendo uma Valquíria, o desejo da morte, horror e inferno só aumenta. Pois lhes digo a verdade: todo mundo, inclusive as Valquírias, desejam apenas uma coisa: Paz.
Paz significa sonhos realizados, família feliz, um belo emprego, um bom salário? Certo?! Não!! A Valquíria vai além. Essa Valquíria quer voltar no tempo. Para o mágico ano de 1969.
Do presente a “1969”
Se você chegou até aqui, o ano de 1969 lhe interessa. Nesse ano O Led Zeppelin debutou seu primeiro álbum. Um pequeno passo para a banda. Um gigantesco salto para a música pesada.
Escute. Escute. Seu ouvido está bem aberto? Você aceita que 1969 pode acontecer em 2015\2016?
Eis que uma nova obra toma forma. Muito provavelmente a Obra Prima, que traz o ano de 1969 ao agora. Com todo o respeito, com toda a falta de lucidez, com tudo que crescemos ouvindo.
Como será isso? Nem sei, mas tudo indica um disco brilhante da Valquíria. Que não desiste, que não teme a morte, que não teme o inferno.
Membros da Banda
André Ribeiro - voz e guitarra
Arthur Lira - bateria
Leonardo Cabral - baixo
Lucas Reis - guitarra e voz
Fonte: Facebook
Site Oficial
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